A inteligência artificial ganhou grande destaque nos últimos meses na mídia com ferramentas que prometem escrever textos, criar artes, automatizar processos e outras demandas que, antes, eram realizadas apenas por nós, humanos. Para muitos, esse avanço da tecnologia pode se tornar uma ameaça, seja no emprego ou em nossas próprias singularidades.
Quando pensamos nas artes, sejam elas digitais ou não, logo nos vem à cabeça grandes mestres como Aleijadinho, Portinari, Da Vinci e escritores como Machado de Assis, Dante, Ariano Suassuna… Será que a inteligência artificial teria a mesma capacidade de entender a singularidade humana como estes grandes mestres?
A inteligência artificial é, basicamente, uma tecnologia, não tão nova, que procura fazer com que máquinas imitem essa singularidade. Temos que ter algo em mente, essa “imitação” do que é ser humano é limitada e programada, pelo menos por hora. A sua programação consiste em aprender e realizar associações com padrões inseridos em seu cérebro. Por exemplo, quando confirmamos números ou separamos as flores nas solicitações CAPTCHA, estamos ensinando para a máquina que um girassol é aquela flor amarela e única.
Todas essas informações que são inseridas, mais tarde são processadas e fazem com que a inteligência artificial consiga prever e criar ações. No início, essas ações eram simples, hoje, a cada dia que passa, elas conseguem ficar cada vez mais sofisticadas. Elas possuem uma assustadora vantagem sobre nós, humanos. As inteligências artificiais não precisam comer, dormir, descansar e podem trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana durante 365 dias por ano. O processamento de dados que uma máquina equipada com IA é muito maior do que conseguimos imaginar.
É preciso calma…
Bom, agora podemos ter te deixado um pouco preocupado com essa informação… mas calma. Você já utiliza muita inteligência artificial e nem sabe. A Siri, a Alexa, o Google Assistente são exemplos de IAs. E tem mais, na medicina, nos transportes, na educação e, até mesmo no mercado financeiro, a inteligência artificial já é amplamente explorada. Hoje estamos sendo bombardeados com sites como o ChatGPT e o Dall-E que escrevem textos para nós e, até criam as artes necessárias.
Este texto que você está lendo, por exemplo, poderia ter sido escrito por uma dessas máquinas. Entretanto, ainda falta profundidade e o caráter humano para a inteligência artificial. Não podemos afirmar que, em um futuro não tão longínquo, isso não possa existir. Mas acredite, por hora, ainda estamos em vantagem competitiva com esta nova tecnologia.
Inteligência artificial, a sua história e contradições
Apesar de muitas pessoas acharem que a inteligência artificial é uma invenção moderna, essa ideia surgiu praticamente junta com o computador. Alan Turing já planejava a criação de uma máquina que conseguiria pensar e trabalhar sozinha. Já, em 1956, John McCarthy criou a linguagem de computação chamada Lisp, que mais tarde abriria espaço para a inteligência artificial como conhecemos hoje.
Foram muitos anos de aprimoramento e de pessoas especializadas trabalhando na tecnologia para alcançarmos os avanços que temos hoje. É pouco provável que a inteligência artificial domine o planeta, não em um futuro próximo. As tecnologias de IA continuarão se desenvolvendo e se aprimorando. Carros, aviões e ônibus serão autônomos, mas por hora, sob a tutela de um ser humano. Em relação aos chats e criadores de imagem, bom, ainda é necessário que eles se aprimorem para termos medo de perder os nossos empregos.
Outra questão que garante o sossego dos trabalhadores que escrevem textos e criam imagens, refere-se aos direitos autorais desses artigos. As inteligências artificiais generativas, ChatGPT e Dall-E, aprendem as suas técnicas se baseando no que já foi feito por outras pessoas. E aí está a grande divergência e ponto de atenção. Quem é o verdadeiro dono de uma imagem criada? O pintor que inventou a técnica, o usuário que deu o comando para a criação da peça, o dono e programador da inteligência artificial ou a própria IA?
Este assunto ainda gera muita polêmica entre os juristas. Quer mais problemas da inteligência artificial? As deepfakes, arquivos audiovisuais que adulteram a voz e a imagem das vítimas para a propagação de fake news, estão utilizando essas plataformas para difundir as mentiras.
